quinta-feira, 2 de abril de 2009

Matéria retirada do Jornal de Fato.



Professores entram em greve na segunda JOTTA PAIVA de Carnaubais .

Os professores da rede municipal de ensino estão se preparando para cruzar os braços a partir de segunda-feira, 6, caso a Prefeitura não atenda as reivindicações apresentadas na assembleia do último dia 30.A reclamação não é diferente dos demais municípios em que os servidores decretaram greve. A interpretação da lei do piso nacional tem sido o grande ponto de discórdia entre sindicalistas e secretarias municipais de educação.Em Carnaubais, o sindicato reclama que o piso está sendo pago de acordo com a tabela anterior, com perdas que variam de acordo com a letra do profissional. "Como neste ano o Fundeb anunciou que só pagará dois terços do piso, na proporcional o professor de nível 1 não pode receber menos do que R$ 619,22", explica o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Carnaubais (SINDSEC), Josenildo Ferreira da Silva.Segundo ele, a Prefeitura estava pagando R$ 590,00 até janeiro. No mês seguinte, depois de negociar, decidiu cumprir o valor do piso, porém não respeitou a promoção horizontal do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS). "Com isso, os professores letra C passaram a ganhar como letra A, e as demais letras não tiveram nenhum reajuste", diz Josenildo.O sindicalista adianta ainda que, em reunião com os servidores, o prefeito Luizinho Cavalcante garantiu que os 60% do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FUNDEB) seriam destinados exclusivamente aos professores, porém recuou as letras e não pagou a regência (gratificação de 10% para quem está em sala de aula)."Apenas 10 professores, dos 103 do Município, receberam o benefício, e mesmo assim retrocedendo da letra C para a letra A. Ele também prometeu ratear as sobras dos 60% com os professores, mas não cumpriu", reclama. Josenildo garante que os professores abriram mão de algumas gratificações e direitos, como os 3% da faixa e 12% do período, e mesmo assim a negociação não avançou. "Nós fizemos uma estimativa do Fundeb, baseados no número de matrícula dos alunos da tabela de 2009 (veja detalhes no infográfico) e no final descobrimos que existe uma sobra de aproximadamente R$ 10 mil", acrescenta. Na semana passada, os servidores enviaram ofício à Prefeitura, anunciando o indicativo de greve e solicitando uma contraproposta. "Ao invés de pagar o piso, o Executivo deu uma gratificação de R$ 75,00 para nível 1, R$ 68,00 para nível 2 e R$ 46,00 para nível 3 e ainda retirou a regência. Não recebemos nada do piso de janeiro a fevereiro e o que aparece só contempla o nível inicial", finaliza Josenildo.Prefeitura diz que já está pagando o piso. A Prefeitura nega as informações do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Carnaubais (SINDSEC), Josenildo Fernandes, e garante que está pagando o piso desde janeiro, mais um complemento, que são as gratificações para os três níveis. A secretária de Educação, vereadora licenciada Gianny Wanderley, alega que a receita não permite que sejam dados maiores reajustes, tendo em vista a grave situação da crise por que vem afetando categoricamente todos os municípios."Não entendemos as reclamações. Estamos pagando aos servidores de acordo com a tabela apresentada pelo próprio sindicato", reclama Gianny, adiantando que todos os meses o Município fecha a tabela de pagamento junto com os professores. "Os servidores viviam com os salários atrasados, hoje têm acesso à folha de pagamento e mesmo assim reclamam", critica.Para ela, a crise é um dos fatores mais preocupantes no momento, e por isso, o Executivo não pode agir de forma irresponsável, fazendo adequação de tabela sem ter como pagar isso no futuro. "Estamos precisando de professores no quadro, mas não contratamos porque não dá para pagar com os 60% do Fundeb", confessa Gianny.A secretária informa que pediu ao sindicato um prazo de três meses para fazer o planejamento, assim evitaria o que ocorreu no mês de dezembro, quando a categoria ficou sem salário.Gianny refuta as informações sobre a greve e diz que na assembleia do dia 30 apenas 28 professores, dos 48 presentes, foram favoráveis ao movimento paredista e, mesmo assim, muitos deles já recuaram da decisão. "A greve é extrema e só deve acontecer quando não houver diálogo, o que não é o nosso caso", finaliza a secretária.
Reflitam, analisem e concluam sobre quem está falando a verdade .

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